Quando a Google Inc. comprou a Motorola Mobility 2012, o motivo real da compra não foi o de fabricar seus próprios smartphones, mas, principalmente, absorver as mais de 19 mil patentes da tradicional empresa, a primeira a lançar, nos agora longínquos anos 1980, o telefone celular, e poder armar-se para defender o ecossistema do sistema operacional Android na Guerra de Patentes, que estava quentíssima à época.
Mas já que havia comprado a empresa, porque não fazer algo bacana com ela, não é mesmo? Foi daí que surgiu o Moto X, um telefone que equilibrou novidades, como a ativação por voz, com a simplicidade de não ter mil camadas de programas inúteis agregados ao sistema operacional. Depois vieram dos Moto E e G, sucessos de venda no mercado de entrada.
Mesmo com o sucesso da linha ‘Moto’, não chegou a ser surpreendente, a venda da Motorola Mobility para a Lenovo. Se por um lado, além de ser de bom tom manter-se ‘agnóstica’ quanto a fabricantes de smartphones Android, o DNA da Google Inc. é serviço, não produtos físicos, do outro a Lenovo repetiu o movimento feito 2005 quando adquiriu a divisão de notebooks da IBM – em 2014 a Lenovo também comprou a divisão de servidores Intel da IBM (System X e BladeCenter).
Uma pergunta que sempre ficou no ar, foi “e agora, como fica a linha Moto”. Em agosto de 2015, a pergunta começou a ser respondida. Repetindo o movimento que a Disney fez com a compra da Pixar, quando trouxe a nova empresa para dentro de si para refundar sua divisão de animação, a Lenovo fez com que a equipe da Motorola Mobility assumisse, nas palavras desta última “um papel mais central no desenvolvimento de smartphones da Lenovo”.
No final de 2015, a Lenovo anunciou um novo smartphone, o Vibe, a agora no comecinho de 2016, informou que unirá tudo sob a marca Lenovo, mantendo duas linhas independentes de aparelhos, a supracitada Vibe, dedicada a aparelhos de entrada e meio, e a linha Moto, marca que terminou ganhando muito renome, e não deixa de ser um sinônimo de Motorola, com os aparelhos de ponta.
Desde 2013 a Lenovo é a maior vendedora de PCs do mundo, hoje detém 19,8% do mercado, em outubro de 2015 apareceu pela primeira vez na lista das 100 marcas mais valiosas da Interbrand. Agora ela pode não apenas centrar seu poder de fogo em uma só marca, como será uma das poucas ‘verticalizadas’, que atinge de modo significativo todo o mercado de computação pessoal (PCs, tablets e smartphones).
Recentemente falamos aqui neste blog, sobre o Yoga, um belíssimo notebook da marca, e o Vibe, smartphone que citei acima, está já está disponível nas lojas da Ibyte.
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