Quando se desenvolve uma nova tecnologia, é normal que seu preço inicial seja alto, existe um paradoxo onde seus desenvolvedores precisam (a) recuperar o investimento em pesquisa e desenvolvimento ao mesmo tempo que (b) ainda não têm escala de produção que permita baratear significativamente seu custo.
Um ótimo exemplo disto é o vídeo game Playstation 2, da Sony, que nasceu e morreu com o mesmo hardware. Em 2000, quando foi lançado, seu preço era de US$299, dois anos depois era de US$199, e quando deixou de ser fabricado, em 2012, custava US$99. Alguns produtos têm curva de preço mais rápida, outros mais lentas.
Em tecnologias de vida útil mais longa, a queda de preço ocorre por vários fatores, como a aplicação de novos materiais, mais eficientes e/ou baratos ou otimização do processo de fabricação. Nestes caso as curvas de preço são menos drásticas e porém mais longas, aqui se encaixa a energia solar.
Nos EUA, em 1977 se gastaria US$380.000,00 para comprar um sistema captação e conversão de energia solar em elétrica de 5kWp, em 1998, gastaria algo em torno de US$86.000,00 para a mesma capacidade, hoje, gastaria apenas US$14.000,00 (instalado)!
Não consegui um histórico de preços aqui no Brasil, mas hoje (18/01/16), o custo de aquisição de um sistema completo do mesmo tamanho fica em torno de R$31.000,00 já incluso o equipamento de integração do sistema à rede elétrica pública (veja o como funciona adiante), mais o custo de instalação. Ainda não é muito amigável, seriam necessários na melhor das hipóteses, uns 8 anos para o que o investimento fosse recuperado. Mas caso a tendência atual é que o preço caia mais ainda nos próximos anos.
Como funciona no Brasil.
A figura no Brasil é a de Micro ou Minigerador de energia elétrica. É como se você fosse uma pequena ‘Itaipú’, só que gerando energia solar, e jogando no sistema. Sim, toda energia que você gera vai para a rede elétrica pública. A concessionária de energia elétrica de sua região instalará um medidor especial, que contará quantos kWh você enviou para a rede, e quantos você consumiu. O que você enviar será utilizado para abater o consumo do mês subsequente, se você gerar mais que consumir, o saldo virá ‘crédito de energia’, que poderá ser utilizado quando você produzir menos que consumiu, ou, em casos específicos, aplicado como crédito de outra unidade consumidora (a validade dos créditos são de 36 meses).
No caso de residências, entretanto, as concessionárias podem cobrar algo chamado ‘custo de disponibilidade’, que pode variar de 30 a 100kWh, a depender de seu tipo de ligação à rede (monofásico, bifásico ou trifásico). O site da https://www.gov.br/aneel/pt-brAneel explica bem como funciona.
Para que você saiba qual sua necessidade, você precisa ver na sua conta atual quantos kWh você consome por mês, e escolher um sistema adequado, por exemplo, um sistema de 5kWp gera entre 480kWh/mês e 900kWh/mês, dependendo da época do ano e da região em que você mora. O Project Sunroof do Google dá uma ideia da área necessária para obtenção por exemplo, para 5kWp, você precisa de 34,3 m².
quanto custa para se colocar energia solar em uma casa que contem 12 lampadas
Se popularizar seria ótimo, eu venderia esses sistemas, quem sabe a Ibyte consiga isso?
Vocês deverima postar também o custo médio dos painéis pra uma casa de classe media, seria mais facil pra gente ir atrás…
Desculpem-me, mas o texto não é claro. Pelo que li, o proprietário do equipamento é OBRIGADO a fornecer energia elétrica para a rede pública. Certo ou errado?
Não se trata de um comentário. E, mais precisamente, uma pergunta: “SE EU FAÇO UM INVESTIMENTO DESSE E GERO A MINHA PRÓPRIA ENERGIA, POSSO ME DESCREDENCIAR DA MINHA FORNECEDORA DE ENERGIA, NO CASO DO CEARÁ, A COELCE?
Genério, você precisa lembrar que não são apenas lâmpadas, mas também geladeira, etc, etc, etc… o ideal é ver qual o consumo mensal médio, na conta de energia, e depois procurar uma loja especializada. Aqui só falamos sobre a tecnologia.
Gilfran, cada caso é específico. Preciso ver qual o seu consumo mensal, por exemplo, para 600w, o custo que eu pesquisei, gira em torno de R$30.000,00 (como disse ainda não se chegou em um bom nível de preço)
Desculpe se não fui claro, Fernando.
O ponto é: você só consegue gerar energia durante o dia, durante a noite, precisa puxar da rede pública.
Nada impede que você crie uma rede privativa, sem enviar para a rede pública, mas aí você perderá toda a energia que não foi utilizada durante o dia.
Jogando joga TODA energia gerada na rede pública, você se credita dos kWh gerados, subtrai isto do que você consumir, e paga só a diferença.
Jonas, sim, você pode se descredenciar, mas ai ficará sem energia a noite, e em dias muito nublados… Você pode até deixar a energia solar em um circuito separado dentro de casa, e não ligá-la à rede pública, mas como respondi em um comentário anterior, a energia excedente que for gerada durante o dia, se perderá.
Estando ligado à rede pública, a cada mês você se credita do que produzir, e no mês seguinte abate do que consumir, pagando só a diferença (mais uma taxa de disponibilidade) é até melhor.
Entendi bem o que foi dito, entretanto gostaria que fosse feito um comentaria sobre como está tecnologia de armazenamento, pois precisamos guardar o excedente para uso noturno.
Atenciosamente, MIssias.
Moro no Japão e instalei painéis solares na minha casa, existem baterias que armazenam a energia de dia e usa-la a noite.
Ótimo post, abraço.