O escritor Malcolm Gladwell, definiu em seu livro “O Ponto da Virada: Como pequenas coisas podem fazer uma grande diferença”, a mecânica e psicologia de como mudanças de grande impacto acontecem no mundo, nos mais variados setores e situações.
Acho que hoje está acontecendo, ao nosso redor, uma destas viradas que definirão os meios de transporte nos anos por vir, mais precisamente com os veículos autônomos.
Entre ser apresentado Stanley, o primeiro carro autônomo, pelo Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford, em 2005, e o Tesla S (P85D), receber a atualização de sistema que lhe permitiu direção semiautônoma, apenas dez anos se passaram.
Algumas marcas já haviam lançado carros com características semiautônomas, principalmente com a capacidade de evitar colisões frontais, detectar fadiga, ou até mesmo estacionarem-se sozinhos, o que mudou com este upgrade que alguns Teslas S, receberam este ano, é que os carros passaram a ter um piloto automático capaz tanto de controlar vários aspectos da navegação do carro, como também de aprender os caminhos que seus donos utilizam, e se guiarem de forma semiautônoma por eles (semiautônoma porque ainda é preciso um humano sentado no banco do motorista).
Veja o Tesla S (P85D) com a primeira versão oficial do software de piloto automático (V.7), no vídeo abaixo…
Mas não é assim tão simples. Ralph Nader, um dos maiores ativistas em direitos de consumidores nos EUA, e mais de uma vez candidato independente à presidência daquele país, foi taxativo: carros autônomos tornarão os motoristas ainda mais distraídos, e isto levará a perda de vidas.
Ou seja, há o temor de motoristas menos atentos, não sejam capazes de perceber sinais indiretos de perigo, como por exemplo ao se observar a distância fumaça, ou ver uma criança pequena soltando a mão da mãe e correndo para a rua.
Esta nova realidade pode terminar por colocar decisão de vida e morte, nas mãos de um computador, o que termina por suscitar a questão: afinal, quem deve ter a vida protegida por um veículo autônomo, seu dono, transeuntes, ou deve-se usar a teoria do ‘bem maior’, optando pela salvação do maior número de vidas?
Não, não é uma questão simples, e muito tem-se que pensar a respeito..
Mas enquanto pensamos o tempo não para. A Formula E, que organiza corridas de monopostos (carros com um só lugar, como os Formulas 1, ou Formula 3), elétricos, anunciou que no final de 2016 pretende estrear uma categoria em que as equipes correrão com carros autônomos em provas de uma hora! E a cidade suíça de Sion, deverá começar um teste, a partir do segundo trimestre também de 2016, em que usará veículos autônomos, no caso mini ônibus, no transporte público.
O futuro as vezes está muito mais próximo que imaginamos.
Por Gilberto Soares Filho,
consultor de TI, programador.
Realmente é preciso uma tecnologia como a destes carro ” inteligentes” , para assim evitar tantas mortes no trânsito. Muitos acham que poderão beber ( caso a lei mude ) e utilizar estes carros após uma bela noitada com tudo que tem direito. Espero que não. É preciso equipamentos que detectem a saúde e estado do motorista e passageiro para fins de evitar acidentes. Como por exemplo: Você sente que está tendo um ataque cardíaco ou derrame, ou fere-se gravemente precisa chegar a um Hospital o mais perto e rápido possível. A Inteligência Artificial do veículo teria um papel importantíssimo até mesmo no transporte de pessoas com deficiência físicas e mentais. Ou aplica-se em tecnologias para o bem da humanidade e não só para vende-la e lucrar ou criam-se transportes públicos mais eficientes e sem poluição. Daqui para frente, e até penso que já deveria-mos ter deixado de lado os combustíveis fósseis principalmente em aviões e transportes coletivos.