ciborgues

Robôs, quando a ficção começa a virar realidade

No livro que deu origem ao filme “O Caçador de Androides”, chamado “Androides Sonham com Ovelhas Elétricas”, de Phillip K. Dick, a personagem principal é um caçador de recompensa em busca de um grupo de androides que, construídos em Marte, são ilegais na Terra por serem equipados com uma inteligência artificial que lhes dá a senciência, ou seja, a capacidade de sofres ou sentir, prazer ou felicidade.

Quando falei sobre inteligência artificial aqui neste blog, falei também que existe um ponto em que viveremos uma singularidade tecnológica, o momento em que as inteligências artificiais chegarão ao ponto de serem sencientes, ninguém sabe precisar quando isso ocorrerá, mas será ainda neste século, muito provavelmente até 2050.

Enquanto a parte de inteligência artificial vai sendo desenvolvida com o uso de grandes computadores, muitos avanços têm ocorrido na parte de engenharia eletromecânica, as máquinas não apenas estão ficando muito mais capazes, e como você poderá ver no vídeo abaixo, a demonstração do Atlas, um robô da Boston Dynamics – subsidiária da Google Inc. – , a coisa chega a ser um pouco assustadora.

ciborguesMas quando somamos estas tecnologias cibernéticas a um organismo humano, temos os ciborgues, e acredite, eles são bem mais prosaicos que você possa imaginar, pense em alguém que tem um marca-passo que transmite informações por wi-fi ou bluetooth, por exemplo, ou em alguém como Adi Robertson, uma repórter do blog The Verge, que em 2012 resolveu fazer uma pequena modificação corporal, inserindo um imã com cerca de 3mm de diâmetro em seu dedo indicador, passando assim, a poder ‘sentir’ forças magnéticas ao seu redor (e segundo ela, desmagnetizando cartões magnéticos usados em portas de hotéis), e hoje em dia tem um chip NFC inserido na sua mão, contendo as informações que ela deseja, como por exemplo, o endereço de seu site.

Isso não quer dizer que não existam coisas que parecem saídas de livros de ficção científica, como os membros criados pelo ‘pai’ da bomba de insulina, o cientista Dean Kamen, uma das mentes mais brilhantes da atualidade. Entre resolver o problema de água potável no mundo, e pesquisar formas mais eficientes para obtenção de hidrogênio para uso como combustível, ele tem trabalhado no desenvolvimento de próteses robóticas para uso de veteranos amputados nos EUA, detalhe, suas próteses são controladas pelo pensamento do usuário. E não à toa, chama-se ‘Luke’, em referência ao braço prostético da personagem de Guerra nas Estrelas.

Por falar em Dean Kamen, deve ter ficado claro que nutro uma grande admiração pelo cientista e inventor. No Netflix há um documentário chamado Slingshot que mostra justamente a batalha de Kamen para popularizar sua máquina de água potável, só para ter ideia da grandiosidade da invenção, o consumo de água inadequada é responsável por 50% das hospitalizações no mundo!


Por Gilberto Soares Filho,
consultor de TI e BI, programador, 
fã de Dean Kamen e ficção científica.

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