Eu já não lembro mais da última vez que precisei organizar meu tempo para estar em frente a uma televisão para assistir algo que não fosse um evento esportivo. Sério. Desde que a Netflix foi lançada no Brasil, em meados de 2011, venho cada vez mais me acostumando a fazer minha própria programação. Assisto ao que quero, quando quero, e como quiser.
Ainda não me juntei ao movimento dos “Cord Cutters”, aqueles que cancelaram suas assinaturas de TV a Cabo, confesso, em grande parte porque minha operadora de TV a Cabo tem uma grande parte de sua programação disponível em um serviço sob demanda, e em parte porque alguns poucos canais pelos quais ainda costumo, raramente, zapear ainda não estão disponíveis por streaming.
Mas isto está mudando rápido.
Primeiro a HBO anunciou que seu serviço de vídeo sob demanda, HBO Go, que dá acesso a mais de 2000 títulos da programação dos canais da empresa, e disponível no momento apenas para quem tem assinatura do canal em algum plano da Net, Sky ou Claro HDTV, poderá ser contratado de forma independente, para consumo em aplicativos móveis, smartTVs, mídia players como o Chromecast, e computadores.
A política, que já é adotada pela empresa nos EUA, começará agora a ser implantada na América Latina, representa o rompimento de um modelo de negócios existente há tempos, saltando o intermediário (serviço de TV a Cabo), e vendendo o serviço direto a quem importa, o consumidor final.
Da mesma forma, a Rede Globo de Televisão liberou, terça-feira passada (3/11/15), seu aplicativo chamado Globo Play, que permite o acesso através de, novamente, plataformas móveis, Smart TVs e computadores, à sua programação através da internet. A empresa trabalhará com um modelo chamado ‘freemium’, em que parte da programação, como os telejornais e programas de variedades, são gratuitos e podem ser vistos até sem cadastro. Outros programas, como as novelas, minisséries e produções da empresa, mesmo que fora do ar, estarão disponíveis, alguns até me 4k, para quem pagar uma assinatura de R$12,90/mês.
Nesta primeira fase do aplicativo, quem for do Rio e São Paulo, também poderá ver o conteúdo que é transmitido ao vivo pela emissora, posteriormente o serviço, chamado ‘simulcast’, será estendido para outros estados.
Streaming já o futuro dos audiovisuais. A Netflix não apenas têm produzido séries fantásticas, como Narco e House of Cards, esta última ganhadora de vários Emmys, este ano ainda faturou um prêmio no festival de cinema de Veneza, com ‘Beasts of No Nation’, seu primeiro filme em longa-metragem, lançado simultaneamente nos cinemas e no serviço.
Ahhhh, antes que me esqueça, o Youtube também está na baila, com o Youtube Red, uma opção paga do serviço, sem anúncios, que em breve estará disponível no Brasil.
E isto falando apenas em termos de vídeo, se formos abordar os vários serviços de áudio, como Spotify, Rdio, Deezer, e Napster para citar alguns, descobriremos que uma pesquisa recente disse que estes serviços, mais especificamente o Spotify, estão diretamente ligados à redução de pirataria de música!
Que época para se viver, meus amigos!
Por Gilberto Soares Filho,
consultor de TI, programador,
e usuário fiel de serviços de streaming.
Já aparecem concorrentes do Netflix e grátis
http://gadgetman.blogs.sapo.pt/stremio-a-nova-alternativa-gratis-ao-32109
Mas aqui é Brasil, e não EUA. A internet não funciona como deveria, mesmo pagando caro. Estas coisas só nos serão SUSTENTÁVEIS quando primeiro resolverem essa questão de internet. Não adianta muitos veículos e pouco combustível.