Coisa de menina? nada, existem alguns jogos que podem fazer você chorar de verdade! não acredita? então leia:
Mesmo que você goste de jogos estritamente por suas partes mecânicas e interativas, fato é que esse meio há tempos deixou de oferecer somente isso. Seja usando técnicas cinematográficas, truques de roteiro ou elementos de jogabilidade, muitos games conseguem transmitir experiências que divertem, assustam e, muitas vezes, nos emocionam.
Dessa forma, não é estranho pensar que há títulos — atuais ou um pouco mais antigos — que conseguem despertar lágrimas em seus jogadores. E, mesmo que você não chegue a realmente fazer isso, há momentos que são bastante efetivos em nos deixar um pouco cabisbaixos, chocados ou simplesmente tristes pelo que acabamos de presenciar.
Neste artigo, apresentamos alguns dos jogos que mais mexeram com nossas emoções durante nosso tempo junto aos video games. Esteja alerta de que, em certos casos, devemos recorrer aos spoilers. Portanto, recomendamos não progredir na leitura de algumas das opções selecionadas caso não queira ter pequenas surpresas estragadas.
The Walking Dead
O game que estabeleceu de vez a Telltale como uma referência para o mundo dos adventures tem até hoje uma das histórias mais emocionantes de um jogo. Durante todos os capítulos, no papel de Lee, tomamos a responsabilidade de cuidar de Clementine e ensiná-la a sobreviver em um mundo dominado por mortos-vivos.
É justamente por isso que a morte do herói nos toca tanto. Não bastasse o fato de que acabamos de perder o protagonista que nos acompanhou até então, ainda somos brindados por um pequeno flashback que nos mostra o passado da relação entre ele e a garota. Toda essa combinação é bastante devastadora e pode trazer lágrimas até ao mais duro dos corações.
Gears of War 2
À primeira vista, a série Gears of War parece contar a história de um grupo de homens brutos que usa porradas e tiros para resolver seus problemas. Embora isso não esteja totalmente incorreto, a franquia também tem seus momentos mais humanos e frágeis — o maior exemplo disso é Dominic Santiago.
Durante muito tempo, o companheiro de Marcus Fenix fica à procura de sua esposa desaparecida durante o Dia da Emergência. Quando ela finalmente é encontrada, a verdade se mostra aterradora: embora ainda viva em certo sentido, ela teve sua força vital totalmente drenada e está longe de ser a pessoa que Santiago conhecia. Não bastasse essa cena extremamente triste, Dom também ganha os méritos de ser responsável por um dos momentos mais tocantes da sequência Gears of War 3.
Metal Gear Solid 3: Snake Eater
Entre bizarrices, batalhas marcantes e muitos menus para você se manter alimentado, Metal Gear Solid 3 é um game conhecido por saber desenvolver bem a relação entre Snake (Jack) e sua mentora Boss. As consequências desse relacionamento que mistura amor, respeito e incompreensão são sentidas durante todos os demais capítulos da franquia e são essenciais para moldar o mundo imaginado por Hideo Kojima.
E é através da jogabilidade que o diretor conseguiu criar um dos “pontos finais” mais emocionantes da história dos games. Mesmo após saber da verdade por trás dos atos de Boss, o jogador ainda é obrigado a matá-la para que sua missão seja cumprida e uma guerra de grandes proporções seja evitada — e cabe a você apertar o gatilho que vai acabar de vez com a vida da personagem.
To The Moon
Provando que não é preciso ter grandes orçamentos ou uma engine complexa para contar uma história comovente, To The Moon é um jogo sobre sonhos que podem se tornar realidade. Cabe ao jogador ajudar um homem próximo da morte a realizar sua vontade de visitar a Lua, nem que, para isso, seja preciso alterar suas memórias de infância.
Durante a história, você descobre os motivos para o homem ter abandonado seu sonho, mas continua fazendo de tudo para fazê-lo acreditar que essa conquista aconteceu. Como se a história já não fosse suficientemente triste, a trilha sonora em piano de Kan Gao ajuda a tornar tudo ainda mais tocante.
Red Dead Redemption
Considerado por muitos como a obra-prima da Rockstar Games, Red Dead Redemption comove por nos fazer passar dezenas de horas com um protagonista só para dar a ele uma morte trágica. E o pior de tudo: embora consigamos ver esse destino cruel se aproximando, não há nada que possamos fazer para evitar que ele ocorra.
O momento de tristeza só é compensado pelo fato de que, fazendo justiça ao título do jogo, logo temos a oportunidade de conquistar nossa vingança. No entanto, nem isso é suficiente para tirar da boca o gosto agridoce que a morte de John Marston nos deixa, especialmente após termos acompanhado toda a sua saga para se redimir dos crimes do passado.
Journey
Na teoria, Journey é um game que teria tudo para ser odiado: além de durar pouco, a aventura é fácil e não tem sequer um diálogo. No entanto, essas características se tornam algumas das principais qualidades do título da That Game Company, especialmente por ele saber respeitar o dito de que “o que vale não é o destino, mas sim o caminho até lá”.
O game se torna especialmente emocionante caso você esteja jogando online e se depare com outros aventureiros em suas peregrinações, fazendo com que o jogador se importe com pessoas cujas identidades permanecem desconhecidas na maior parte do tempo. Somente com seus cenários e sua linguagem visual, Journey consegue ser uma experiência que deveria ser experimentada por todo jogador.
Brothers: A Tale of Two Sons
Brothers é a história de um jovem adolescente que, junto a seu irmão, embarca em uma aventura para encontrar uma cura para seu pai, que sofre de uma grave doença. Controlando cada irmão com um direcional analógico, o jogador é guiado por uma trama que trata de temas como perda, aceitação e crescimento.
O game também aborda questões envolvendo relacionamentos familiares e traumas do passado de modo bastante tocante. Para completar, ele sabe subverter suas mecânicas de forma a criar um dos momentos finais mais impactantes e tristes da história dos jogos eletrônicos.
Life is Strange
Embora use as viagens no tempo como principal mecânica, Life is Strange tem como principal qualidade o desenvolvimento de seus personagens. Os momentos marcantes se espalham pela trama, indo desde o momento em que você pode desligar os aparelhos que mantêm uma personagem viva até a escolha final capaz de mudar toda a realidade.
Durante os cinco capítulos da trama, também temos que lidar com temas como abuso, violência e, talvez o mais difícil de todos, a aceitação de nossos erros e nossas decisões. Poucos jogos oferecem uma sensação de ligação tão forte entre os jogadores e os personagens em tela ao mesmo tempo que mostram que suas decisões realmente têm peso.
The Last of Us
Vamos ser sinceros: Joel passa a maior parte de The Last of Us agindo como um psicopata detestável. No entanto, algumas cenas do jogo — incluindo a morte trágica de sua filha logo no começo da aventura — nos ajudam a entender os motivos pelos quais ele desistiu completamente da humanidade.
A experiência criada pela Naughty Dog pode ter alguns excessos do ponto de vista de mecânica, mas é muito bem-sucedida em criar uma narrativa que envolve e comove os jogadores. Você pode não chegar a derramar algumas lágrimas, mas é difícil não encontrar quem não tenha se emocionado um pouco com essa jornada trágica.
Extra: Metal Slug
Nas palavras de nosso querido Guilherme “Sarda” Galbes:
“Metal Slug é um jogo brutal, violento e sem amarras. Você é jogado no meio da guerra e precisa avançar com sua HEAVY MACHINE GUN para destruir tudo que vê pela frente. Você assassina milhares de soldados sem se preocupar com suas famílias que ficarão sem pai.
Aí, ao fim do jogo, um soldado inocente arremessa um aviãozinho de papel que viaja por todas as telas que o jogador passou, só que, dessa vez, os mesmos soldados agora estão secando suas roupas e curtindo suas vidas, mostrando que tudo que aconteceu não passara de uma alegoria que tem como única mensagem o combate à violência e o distanciamento das guerras.
Antes de inserir seu nome naquele gabinete enorme da MVS NEO GEO, ainda aparecem os dizeres: PEACE FOREVER. É de estremecer o coração do cidadão contemporâneo”.
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