Nos últimos meses o mundo parou para acompanhar o anúncio da Sony sobre seu novíssimo PlayStation 5. Foi um evento com muito foco técnico, onde os engenheiros e responsáveis fizeram de tudo para reafirmar o compromisso sobre o hardware. Tudo isso em meio a uma crise global que pode mudar os rumos de seu mercado.
A aposta foi grande e as opiniões, divididas. Mais do que os lançamentos de títulos e ficha técnica, os gamers do Brasil estão especialmente preocupados com o preço do Playstation 5, e não é sem razão.
Uma breve introdução da ficha técnica do PS5
O novo console PS5 foi produzido com o compromisso de reparar as falhas cometidas no console anterior, o Playstation 4, em relação a esse quesito.
A Microsoft, concorrente ferrenha da Sony, já se adiantou com seu lançamento, o Xbox Series X, que desapontou muitos no design, mas apresentou números bastante competitivos em respeito à performance.
Já o PS5 chegou com um design completamente repaginado, investido no branco, no preto e no azul, com linhas mais arrojadas e até uma posição nova para o console, em pé.
A Sony tentou endereçar algumas das principais reclamações clássicas de seus hardwares: a temperatura, o processamento, o áudio, o armazenamento e a compatibilidade. Maioria é unânime em condenar esses aspectos no console anterior, que mesmo com tudo isso, fez muito sucesso.
O PS5 chega com uma CPU de 8 núcleos com 3,5 Gigahertz de clocking, número que dá uma performance média inferior em números de Ghz e Unidades Computacionais (CUs) em relação ao concorrente.
Mas o engenheiro-chefe, Mark Cerry, insistiu reiteradamente que os parâmetros para medir performance e qualidade são muito mais amplos, e possui outros fatores para incrementar a experiência completa.
Já sua GPU conta com com 36 Unidades computacionais que, nos temidos TeraFlops, atingiu 10,28TFs. Como tradição, sua placa foi produzida pela AMD, assim como seus hardwares em geral, que causaram um certo aborrecimento em relação à memória e sua extensão.
Falando em memória, o PS5 trouxe 825GBs, o que também aborreceu muitos, mas o implemento do SSD sem dúvidas é a maior jogada da Sony, que demonstrou uma performance superior entre as telas de carregamento e o processamento geral. Os 16GBs de RAM também dobram a aposta para os futuros títulos em relação ao console anterior.
A Sony fala de 8Ks de processamento de vídeo e aposta na base média dos 60 fps, se adiantando para os títulos futuros.
Outro aspecto promissor são as técnicas de processamento mais responsivo dos quadros, especialmente em relação ao chamado Ray Tracing, que até então, só era produzido em cenas pré-renderizadas, a engenharia para atingir esse patamar é outro dos principais garotos propaganda do console.
Outra promessa da Sony foi um chip dedicado de áudio 3D, que seja capaz de processar até nas saídas mais básicas uma experiência imersiva e verdadeiramente multidimensional, o chamado Tempest Engine.
Por último (e extremamente apelativo à tribo da Sony), a retrocompatibilidade, que foi negligenciada no PS4 e magoou muitos fãs. Os desenvolvedores prometeram o acesso ao catálogo do PS4, o que ajuda a manter a comunidade de modos online muito populares de títulos como CoD, Fortnite e MMORPGs de nova geração.
Os acessórios
Além de caprichar no design, a Sony criou periféricos à altura também, com um apelo estético muito grande, sabendo se comunicar com os anseios da comunidade.
O console possui câmeras embutidas com 1080p de capacidade, para incentivar a produção de live streams.
O headgear também é altamente potente, mas os controles também vêm equipados com um microfone para facilitar a comunicação mesmo com fones simples.
Falando nos controles, o tradicional DualShock, que acompanha o console desde sua primeira edição deu lugar ao DualSense, que também agradou muito a comunidade.
O ângulho dos gatilhos (R2/L2) foi rebaixado, para dar ainda mais conforto depois do sucesso do controle anterior e o principal implemento foi o chamado Feedback Háptico. Ele diz respeito à imersividade de acordo com o modelo do jogo. Por exemplo, ao jogar um game de corrida, o controle fica mais “pesado”, para simular a experiência volante.
Já em um jogo de tiro, o gatilho fica mais responsivo e sensível graças aos gatilhos táteis implementados, que incrementam mais a sensibilidade de sua experiência.
Ainda sobre controles, o arsenal do Playstation 5 também traz um controle de navegação, para assistir vídeos de BluRay em UHD 4K.
E este é outro ponto muito debatido: o PS5 virá em dois modelos diferente: com e sem input para mídia física, o que irá baratear um pouco o console. Ah! E claro, falando nisso…
Mas afinal, e o preço do PlayStation 5?
Deixamos esse ponto para o final, por ser o mais polêmico e, dado o estado do dólar atualmente, também antecipado pelos brasileiros.
Antes precisamos recuperar na história os preços dos consoles antecessores.
O PlayStation 3 foi lançado à U$ 599,00 em 2006. Já o PlayStation 4 saiu pela bagatela de U$ 399,00 em 2013.
Em uma análise, o custo médio do PlayStation 4, na verdade, causou prejuízo à Sony, se colocarmos na ponta do lápis o custo do hardware, montagem e afins. Mas isso era compensado pela fidelização, a compra de títulos, enfim, o console acabou fazendo muito sucesso e dando boas receitas no final de tudo.
Não há ainda um preço estimado para o PlayStation 5, mas a especulação gira em torno dos U$ 500,00, o que, com a cotação do Dólar acima de R$ 5,00, já sairia bastante salgado para nós.
Se adicionarmos a incidência de impostos, que não são poucos, e ainda a taxa de lucro da empresa, que na época do PS4 era de uma média de 3,35x, bem… as notícias não são muito animadoras.
Somando à tudo isso o fator da pandêmia e o polo de produção dos consoles ser na China, problemas de escala e distribuição também podem ser adicionados na conta.
Mas tudo isso é uma questão meramente especulativa, não há um preço definido pela empresa e, como dissemos, a versão sem mídia física pode dar uma amenizada no preço final, mas os cenários especulativos ainda giram em torno de R$ 9.000,00 até R$ 10.850,00 para a versão completa.
Mas existe outro fator: depois do lançamento, os consoles costumam ter uma queda acentuada no valor, com a taxa média de lucro sobre cada unidade caindo até perto da metade.
Pode ser que a Sony, considerando todo o cenário e dobrando a aposta sobre a demanda (que para a sorte deles, explodiu e fez crescer em muito a escala de produção), corte da própria carne com convicção para agradar a comunidade, aumentar as vendas e reafirmar seu branding. Então podemos falar de valores, com a média atual da cotação, de até R$ 6.700,00, segundo discussões amplas acontecendo na rede e entre especialistas.
E você, qual sua projeção para o preço do PlayStation 5, suas impressões e expectativas de como ele irá impactar o mundo gamer?
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