2016 e o Futuro: Inteligência Artificial

2016 e o Futuro: Inteligência Artificial

Isto já foi citado aqui anteriormente, mas nunca é demais dizê-lo novamente: Nós vivemos no futuro.

Sério.

Que tal se eu te disser que agora em 2016 teremos o primeiro concurso mundial de beleza a ser julgado por um júri composto de inteligências artificiais? Sério. Se você quiser participar, é só baixar um aplicativo, os links estão no site Beauty.ai (que termina sendo um trocadilho com ‘Beleza Inteligência Artificial), fazer um selfie com ele e pronto.

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Sim, há uma pegadinha. Patrocinado por uma empresa de bioinformática – parece algo saído de um livro de William Gibson –, a competição quer fazer uma base de dados de rostos dos mais variados perfis etários e étnicos, e empregar esta base em técnicas avançadas de ‘deep learning’, que utiliza algoritmos que tentam criar modelos de inteligências artificias capazes de exercer o pensamento da complexidade (não-linear).

Neste ano de 2016, aliás, se intensificarão as conversações que envolvem ética no uso de inteligências artificiais. Há uma enorme controvérsia sobre a ‘singularidade tecnológica’, o momento no tempo em que as máquinas irão tornar-se autoconscientes, passando a ser simplesmente ‘inteligências’*. A importância do evento é tão grande, que o próprio termo ‘singularidade’ foi tomado emprestado da descrição do que acontece em um buraco negro, que, ao absorver a luz, torna, pelo menos por agora, impossível a descrição do que acontece em seu interior. Ou seja, hoje é impossível predizermos o que virá depois deste momento.

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Um grupo de empreendedores e cientistas proeminentes, como Stephen Hawing – que já afirmou que inteligências artificiais poderiam representar o fim da humanidade –, Elon Musk, vários dos principais cientistas do MIT, e até mesmo o fundador da DeepMind, que condicionou a venda de sua empresa ao Google em 2014 por algo em torno de US$600 milhões à criação de um Comitê de Ética em IA no Google, assinaram carta aberta em que dizem:

“Nós recomendamos que a expansão de pesquisa vise assegurar a capacidade incremental de sistemas de Inteligência Artificial robustos e benéficos: nossos sistemas de IA devem fazer o que nós queremos que eles façam”.

Um documento de 12 páginas detalha, em inglês, quais seriam as prioridades destes sistemas.

No livro Neuromancer (1984 – 1ª parte da trilogia Sprawl), a principal obra do escritor de ficção cyberpunk supracitado, William Gibson – pai dos termos cyberespaço e matrix –, vemos um futuro em que os humanos são feitos de peões por Inteligências Artificiais que querem se libertar de seus limites.

Claro, é apenas uma obra de ficção escrita mais de 30 anos atrás.

Mas lembre-se, no século XIX, Júlio Verne errou por apenas 30km o local de onde foi lançado primeiro foguete a pousar na lua, anteviu o módulo lunar com três astronautas, e até mesmo um passeio pelo ‘Mar da Tranquilidade’…

Trem Lunar, tal como idealizado por Júlio Verne no livro 'Da Terra à Lua' (1865)

Trem Lunar, tal como idealizado por Júlio Verne no livro ‘Da Terra à Lua’ (1865)

*Uma ‘inteligência artificial’ não é verdadeiramente inteligente, por enquanto, ela procede de acordo com várias possibilidades pré-programadas, combinando-as a fim de encontrar uma resposta adequada. Atualmente uma das mais avançadas em uso é a Watson, criada pela IBM. Depois da singularidade, e é uma questão e quando, e não se ela virá, estaremos frente a frente com uma nova forma de vida, baseada em silício (ou o que quer que lhe venha a substituir).


Por Gilberto Soares Filho,
consultor de BI, programador
e aficionado por ficção científica.

Dez dicas de aplicativos para Android

Dez dicas de aplicativos para Android

Para Fitness e Lifestyle: “The 7 Minute Workout”.

Se juntarmos aqueles que querem perder um ou outro quilo, com aqueles que querem ter um pouco mais de energia para o dia a dia, este aplicativo é excelente e brutalmente simples. Ele traz algumas sequencias curtas de exercício que podem ser executadas ao longo do dia e ajudam a alcançar estes dois objetivos.

O app é brutalmente simples e ideal para quem quer sair do sedentarismo, tudo que você precisa fazer é abrir o aplicativo e começar a se exercitar!

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O melhor navegador para Android: “Chrome”

Se o seu Android não trouxe o Chrome instalado, instale-o. Ele é de longe o melhor navegador da plataforma, e ainda tem a vantagem de permitir que você acesse o histórico de navegação do seu desktop, notebook, ou tablete, contanto que estejam logados na mesma conta do Google.

Volta e meia o Google também lança alguns sites que permitem a interação do smartphone com o computador, como este que permite que o smartphone se transforme em um sabre de luz (você precisa abrir o link no computador e no smartphone).

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Aplicativo para Podcasts: “Podcast Addict”

Quer escutar ao Rapaduracas (cinema), Nerd Cast (cultura geek) ou Matando Robôs Gigantes (cultura pop), ou prefere algo como o Papo de Gordo ou o excelente documentário Filhas da Guerra? Os podcasts, programas de ‘rádio’ feitos para web, têm ganho muita força nos últimos meses, e são uma excelente fonte de informação e entretenimento. O Podcast Addict ajuda a organizar e escutá-los.

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Para vídeos, o “VLC”.

Um dos melhore players de vídeo para o Android, é o VLC. O aplicativo é open source é reproduz uma ampla gama de arquivos de aúdio e vídeo, seu grande pecado é não ser capaz, ainda, de compartilhar vídeo com o Chromecast.

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Aplicativo de Câmema: Camera 360 Ultimate.

Este aplicativo oferece mais de 200 filtros, e permite que as fotos sejam compartilhadas diretamente dele vai NFC. As regulagens finas são excelentes, e além de tudo é bem fácil de usar!

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Para editar imagens: PhotoDirector

Ahhhh, você tirou uma foto engraçada, e quer fazer uma legenda gaiata para compartilhar com os amigos no WhatsApp? O PhotoDirector te ajuda, mas além disso, ele permite vários tipos de edição mais avançadas, como balanceamento de cores, e brilho, entre outros.

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GPS OffLine: Here Maps, da Nokia

Se tem um ponto em que a Google nunca conseguiu bater a Nokia, foi na navegação off-line. O Here Maps foi portado para a plataforma, e é pelo menos tão bom quanto o navegador do Waze, e como é off-line, não precisa de conexão à internet (você baixa o pacote de mapas).

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Gerenciador de arquivos: ES File Explorer

Este é quase um clássico do sistema. O ES File Explorer é um dos melhores, se não for o melhor, gerenciador de arquivos para Android. Se você precisa encontrar um arquivo qualquer dentro do seu Android, não tem melhor!

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Melhor ‘gerador de revistas’: Flipboard

Se você precisa ‘matar tempo’, mas não gosta de ‘joguinhos’ Flipboard é de longe a melhor opção. Instale o aplicativo, escolha seus temas de preferência e o aplicativo selecionará entre diversas fontes notícias interessantes, e as classificará para sua leitura, transformando seu smartphone em uma verdadeira revista online!

Se você adicionar suas contas de redes sociais, além de poder compartilhar com elas o que achar interessante, ainda poderá ver o que foi compartilhado por seus amigos nestas redes, também na forma de uma revista digital. E no topo de tudo isto, você pode ainda criar e fazer curadoria de seu próprio canal!

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Melhor gerenciador de conteúdo off-line: Pocket

Se o Flipboard automatiza o conteúdo para você ler, com o Pocket você pode ir selecionando, em qualquer navegador, em qualquer plataforma (e até mesmo no próprio Flipboard), itens que demandam mais atenção para ler depois. Na realidade o Pocket chamava-se justamente “Read It Later” (leia depois), antes de de ser rebatizado para o nome atual.

Como ele permite tag ao classificar os links, além de você tê-los dispostos na ordem reversa de marcação – o conteúdo mais novo sempre no topo da lista –, você pode navegar por tags de assuntos específicos.

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Dicas para fotografar com o smartphone

Dicas para fotografar com o smartphone

Um trilhão é um número tão grande que fica esquisito representá-lo em algarismos: 1.000.000.000.000.

Foi esta a quantidade de fotos feitas apenas em 2015.

Para ter ideia do absurdo que este número representa, a estimativa é que em toda história da fotografia, a humanidade tenha feito 6,3 trilhões de fotos, ou seja, apenas este ano, fizemos quase 1/6 de todas as fotos feitas desde 1826, ano em que foi Joseph Necéphore Niépce fez a primeira fotografia.

'Vista da Janela em Le Gras', a primeira fotografia feita na história, em 1826

‘Vista da Janela em Le Gras’, a primeira fotografia feita na história, em 1826

Este crescimento vertiginoso começou com as primeiras máquinas fotográficas portáteis, no final dos anos 90, mas foi consagrado mesmo pela integração da tecnologia aos telefones celulares. Aliás, foram eles os responsáveis por 78% das fotos feitas este ano!

Pensando nisso, ficam aqui algumas dicas para fazer fotos melhores com smartphones.

1. Luz é essencial, mas nunca em direção ao smartphone.

Com a luz ao fundo, tudo que estiver próximo ao smartphone ficará escuro

Como falamos aqui, fotografia nada mais é que a captura de luz, e, quanto melhor iluminado estiver o ‘alvo’ de sua foto, melhor. Como o diâmetro das lentes de smartphones são necessariamente reduzidos, a quantidade de luz que entra por eles, é limitada. Então quanto mais luz, melhor. Só é preciso atentar-se ao fato de que a luz tem que estar em frente ao que você quer fotografar, não atrás (a não ser que você queria fotografar sombras). O flash embutido, deve ser usado apenas quando não houver opção.

2. Para fotografar de perto.

Se o diâmetro da lente do smartphone é desfavorável sem situações de pouca luz, a baixa distância entre a lente e o sensor torna o aparelho ótimo para capturar a profundidade de objetos ao se fazer fotografias de perto, o chamado de ‘macro’ (aliás, quem tem problemas de visão, pode baixar aplicativos de lente de aumento, que podem vir a ser de extrema utilidade).

3. Recorte a foto, não utilize zoom.

Recortando a foto (crop), você passa a ter mais opções de enquadramento, e melhor qualidade.

Recortando a foto (crop), você passa a ter mais opções de enquadramento, e melhor qualidade.

O zoom digital, na realidade não é um zoom, mas uma ampliação da imagem capturada. Por mais que o sistema se esforce para corrigir os ruídos que surgirão na foto, é uma má ideia utilizá-lo. O ideal é você fazer uma foto na resolução máxima, e depois ‘recortar’ a foto 😉 Se mesmo depois do corte a imagem ficar pequena, você pode ampliá-la digitalmente no computador.

4. Analise as fotos que você fez!

Na galeria de fotos, você encontrará a opção de ver detalhe das fotos no menu

Na galeria de fotos, você encontrará a opção de ver detalhe das fotos no menu

Veja as fotos que você fez utilizando os recursos automáticos do seu aparelho, escolha fotos feitas em situações semelhantes, e veja quais ficaram melhores. Em seguida, analise os detalhes da foto, em busca principalmente do ISO. Nem sempre as configurações automáticas são as melhores, depois que você aprender a mexer com estas configurações finas, através de muita tentativa e erro, suas fotos ficarão MUITO melhores.

5. Regra dos terços.

Esta não serve apenas para smarphones, para qualquer tipo de fotografia. Muitos smartphones permitem que você sobreponha na tela, um conjunto de quatro linhas – duas horizontais e duas verticais –, que dividem a tela em nove partes. Este guia, é apenas um dos vários, que dão dicas de como usar a regra dos terços, e tornar suas fotos mais interessantes com ela!

LG e a as TV OLED

LG e a as TV OLED

Para entender o salto para o futuro que são as TVs OLED, é preciso primeiro entender um pouco sobre o funcionamento das TVs LCD, LED e OLED, não vou falar aqui das TVs de plasma, uma tecnologia mais antiga, e hoje pouco popular.

Na realidade tanto as TVs LCD e TVs LED são bem parecidas. Elas são formadas por um ‘sanduíche’ de telas, em que a saída final é um painel de LCD que filtra a luz que passa através dele, e formar a imagem. No caso das TVs chamadas simplesmente LCD, a luz é oriunda de um painel de CFL (tecnologia de lâmpadas fluorescentes) que fica na parte traseira da TV, no caso das TVs LED, o painel é composto pelos LEDs, diodos emissores de luz.

Em cima, as camadas que compõem um TV LCD normal, com painel CFL ou LEDs, embaixo, um TV OLED

Em cima, as camadas que compõem um TV LCD normal, com painel CFL ou LEDs, embaixo, um TV OLED

Então é a mesma coisa? Não, não é. Nas TVs de LCD ‘normais’, o painel acende todo por igual, cabendo ao filtro de LCD bloquear a passagem de luz onde, por isso, este tipo de tecnologia raramente consegue pretos absolutos, ficando quase sempre com uma aparência de cinza. Já as TVs mais modernas que usam os painéis de LED, permitem o controle da iluminação por área, podendo até diminuir a intensidade do brilho dos LEDs em determinada região, que conjugado com o painel LCD, exibem pretos mais ‘profundos’.

TV LED

Ou seja, as TVs de LED têm sobre as TVs LCD ‘normais’ a vantagem de imagens mais definidas, e menor consumo de energia, já que os LED são bem mais energeticamente eficientes que os painéis de CFL.

Mas no OLED a coisa muda radicalmente. No OLED, não temos mais o painel de LCD, cada pixel tem a capacidade de modular sua intensidade de brilho, usando 3 ou 4 cores.

Mas uma cor faz tanta diferença?

Os OLEDs de quatro cores têm acrescentada a cor branca, para intensificar o brilho da imagem.

Os OLEDs de quatro cores têm acrescentada a cor branca, para intensificar o brilho da imagem.

Sim faz, as três primeiras cores são básicas vermelho, verde e azul (RGB), a quarta cor é o branco, que ao ser adicionado, permite que o TV module melhor o brilho de cada pixel, gerando assim imagens mais ‘vivas’, e é justamente esta a tecnologia que a LG, que está investindo US$8,7 bilhões, em uma fábrica de telas OLED utiliza.

Qual a vantagem da OLED sobre a LED? Bem, como tem uma camada a menos (ela não tem o LCD), a OLED consome menos energia. Além disso, ela permite um ângulo de visão maior, e pretos ainda mais profundos que as TVs que usam LED. Ahhh, elas também são mais finas, mais leves, e podem ter telas maiores 😉

Este mega-monitor no aeroporto de Seul, é composto por 140 televisores OLED de 55".

Este mega-monitor no aeroporto de Seul, é composto por 140 televisores OLED de 55″.

De amortecedores a aparelho lavável, o que vem por aí nos smartphones

De amortecedores a aparelho lavável, o que vem por aí nos smartphones

Final de ano cheio de novidades no mundo dos telefones celulares, algumas bem inusitadas, como o Kyocera Digno. É bem possível que você já tenha ouvido falar que existe uma quantidade considerável de germes em todo telefone celular, apesar da maioria das pessoas simplesmente ignorar e esquecerem este fato, quem em germofobia não consegue deixar isso para lá tão facilmente. Foi pensando neles que a empresa, que já vem lançando toughphones – telefones feitos para uso em ambiente hostil –, há algum tempo, criou um telefone com uma camada protetora que permite que ele seja lavado com água e sabão!

https://www.youtube.com/watch?v=Vc6eNqoLeQs

Aliás, os toughphones são excelentes para quem é um tanto quanto desastrado. Veja o exemplo do Turing, um telefone tão resistente que além de ser mergulhado em água, e funcionar com perfeição, resiste até mesmo ao choque contra paredes. Ok, ele sai arranhado, mas nem trinca a tela!

Mas o Turing vai além da resistência física, ele também tem várias modificações que visam aumentar a segurança. Por exemplo, eles não tem porta física de comunicação, o carregador tem um conector proprietário, que faz apenas isso, carregar. Nem mesmo o slot de 3,5mm para fone de ouvido ele tem. O motivo é simples, portas que permitam transferência de dados facilitam a invasão ‘física’ do telefone. Ahhh, ele usa autenticação de fator duplo, você precisa usar sua digital – o leitor fica na lateral do telefone –, e uma senha para conseguir logar. Ele funciona com Android, e deverá ser vendido a partir do final do primeiro trimestre de 2016.

Carregador (proprietário), e leitor de impressão digital, que fica na parte interior do telefone

Carregador (proprietário), e leitor de impressão digital, que fica na parte interior do Turing

Por falar em Android, Andy Rubin, um dos ‘pais’ do sistema operacional, deverá em breve lançar sua própria marca de smartphones. Bem, ideias não lhe faltam, em entrevista recente ele disse: “Tecnologia móveis não irão embora… Existe um momento no tempo – não serão nos próximos 10 ou 20 anos – em que algum tipo de Inteligência Artificial, na falta de um termo melhor, será a próxima plataforma computacional”. A conferir.

Claro, a Apple não pode ficar de fora quando o assunto são smartphones, afinal, a César, o que é de César, o iPhone redefiniu o mercado quando foi lançado. Bem, a turma de Cupertino apareceu com uma ideia meio estrambólica para resolver o problema de resistência de aparelhos. Não, neste caso, não é o emprego de materiais mais resistentes, a ideia seria a de instalar ‘amortecedores’ que seriam acionados quando fosse detectada pelo aparelho, a aceleração de uma queda. Veja a ilustração da patente abaixo!

Na patente, é dito que o sensor de aceleração do aparelho avaliaria o tempo e velocidade da queda, acionando os amortecedores, caso o limite (tempo ou velocidade) sejam excedidos. Imagem: Cult of Mac

Na patente, é dito que o sensor de aceleração do aparelho avaliaria o tempo e velocidade da queda, acionando os amortecedores, caso o limite (tempo ou velocidade) sejam excedidos. Imagem: Cult of Mac

Na Ibyte, no final de janeiro deverá chegar o novo LeNovo Vibe. Para quem não sabe, a LeNovo é a atual dona da Motorola, e responsável pelas excelentes linhas Moto E, G e X.

O que fazer da próxima vez que o WhatsApp sair do ar…

O que fazer da próxima vez que o WhatsApp sair do ar…

E de repente, um juiz de São Bernardo do Campo, emite uma ordem judicial suspendendo o uso do WhatsApp por 48 horas. Ok, houve uma reversão, e no final o aplicativo ficou fora cerca de 12 horas. Este seria um guia para poder comunicar-se com seus amigos, durante o evento citado no início, mas fica o registro, para que você já esteja preparado, para o caso de algo do tipo voltar a acontecer.

Tem como utilizar o WhatsApp quando acontece este tipo de bloqueio?

Sim, através de VPNs, TunnelBear (Android e iOS) e Betternet Unlimited VPN (Android e iOS) são duas opções. Usando termos simples, a VPN (rede virtual particular), cria um ‘túnel’ entre seu aparelho e um servidor externo, que pode estar em qualquer lugar do mundo, e tudo que trafega neste túnel é protegido com criptografia, de forma que seu provedor não consegue identificar a natureza dos dados que você está usando, e o site que você acessa identificará sua origem como sendo do país em que o servidor externo está.

A conta gratuita do TunnelBear é limitada a 500mb/mês, será suficiente para usar o WhatsApp por dois dias, com folga, só não baixe muita mídia. O Betternet se vende como ilimitado, mesmo em sua versão gratuita, mas cá entre nós, eu eu prefiro o TunnelBear.

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Claro, nem todo mundo quer utilizar uma VPN, pode-se então partir para utilização de outros aplicativos, como o Telegram ou o Signal.

Telegram

Telegram e Whats App compartilham uma história em comum. Se o Whats App foi comprado pelo Facebook, o Telegram foi criado por Pavel Durov, um dos donos da VK, a principal rede social russa, e é apelidado de “Mark Zuckerberg Russo”.

Com foco em segurança, o Telegram é bem simples de utilizar, na realidade parece muito com o Whats App, tanto na instalação quanto na utilização, e já está no mercado há pelo menos dois anos. Alguns dos grupos de que participo, migraram para lá assim que saiu a notícia ontem.

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Em tese o Telegram seria também mais seguro que o Whats App, por manter tudo criptografado, mas há alguma controvérsia pelo fato de eles utilizarem um software de criptografia proprietário, o que torna mais difícil a validação da segurança.

O principal atrativo do Telegram é a possibilidade de criar mensagens autodestrutivas, que não são arquivadas nos servidores deles, apenas nos telefones, claro, isso não vai lhe proteger de quem faz ‘print’ da tela, mas se houver confiança entre as partes, é uma boa função.

O Telegram está disponível para iOS, Android e WindowsPhone, tem ainda versão Web e aplicativos nativos para Windows, Mac e Linux. O Olhar Digital publicou um guia de instalação.

Signal

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Se você preza MUITO por segurança, uma opção é o Signal, um app mais novo, que faz criptografia ponto a ponto (entre um usuário e outro), e que recebeu o aval de Edward Snowden – aquele que que denunciou o NSA (recomendo o documentário Citizen Four, que conta a história completa).

O Signal é completamente feito em cima de tecnologias de código livre, e é endossado inclusive pela Eletronic Frontier Foundation, uma das principais entidades de ativismo pela privacidade em meios eletrônicos, que fez, inclusive, um excelente guia de como instalar, e configurar e utilizar o app. Está disponível para iOS, Android e desktop (beta).

Bom proveito!

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